Menos risco de vazamento e problemas de pele

Estabeleça a rotina adequada de troca da bolsa e ajude a melhorar a qualidade de vida dos seus pacientes

Vazamento

O que é e como avaliamos o vazamento?

O vazamento ocorre em qualquer lacuna onde o efluente entra em contato com a pele. Mesmo que o vazamento sob a base adesiva seja mínimo, poderá lesionar a pele periestomal, levando à complicações. 

Todo vazamento deve ser avaliado – mesmo que seja mínimo.

Um dos propósitos do Ostomy Life Study (OLS) 2019 foi entender como os usuários identificam vazamento. Eles só consideram 'vazamento’ em situações que fezes chegam às roupas? Ou eles sentem que têm 'vazamento' quando encontram fezes debaixo da base adesiva? 

Para medir isso, decidimos mostrar as fotos abaixo e perguntar se eles considerariam isso um vazamento ou não.

81% dos usuários não consideram vazamento quando as fezes estão apenas ao redor do orifício central.

 

 

19% consideram vazamento

83% consideram vazamento

89% consideram vazamento

90% consideram vazamento

Vídeos - percepção do que é vazamento

Estes vídeos abordam diferentes perspectivas de relação com o vazamento. Um deles explora o depoimento real do usuário Brent, sua rotnia com uma estomia e os impactos do vazamento. Enquanto o segundo traz dados sobre a percepção do que é vazamento e as implicações de estabelecer uma rotina de troca. 

Assista:

Balonamento

O que é e qual o impacto negativo do balonamento?

Uma das causas do balonamento é o entupimento do filtro, devido à umidade e resíduo de fezes, fazendo com que os gases se acumulem dentro da bolsa. Balonamento impacta na qualidade de vida do paciente quando gera interrupções e dificulta noites de sono confortáveis no dia, ou ao deixar aparente a bolsa pelo volume e formato infládo, ou pelos odores oriundes de escapes da bolsa, entre outros.

Sono ruim

  75% apresentam balonamento durante a noite

Menos discrição

62% já vivenciaram episódios de balonamento, o que torna a bolsa difícil de esconder  

Odores indesejados

66% vivenciaram escapes de mal cheiros da bolsa  

Como esses problemas afetam você e seus pacientes?

Vazamento e balonamento do equipamento coletor são duas das principais preocupações das pessoas que vivem com uma estomia de eliminação? Os problemas de pele têm impacto negativo na qualidade de vida do paciente, na carga de trabalho do enfermeiro, também causam encargos financeiros para as unidades de saúde e consequentemente o sistema de saúde.

  • 1 em 3 pessoas que sofrem com vazamentos e/ou complicações de pele não podem fazer atividade física, não querem ver outras pessoas e se isolam em casa.
  • 50% das consultas está relacionada à questões de problemas de pele causados por vazamento​. Complicações de pele causadas por vazamento aumentam custos em saúde.
  • 86% dos pacientes tem preocupação com balonamento

Nortear o cuidado da pessoa com estomia pela vedação segura contra vazamentos e consequentes problemas de pele é caminho para evitar que isso afete você e seus pacientes.

De acordo com o artigo Percepção de vazamento - Dados do Ostomy Life Study 2019:

 

77%

dos pacientes tiveram vazamento

62%

apresentaram balonamento da bolsa coletora, por acúmulo de gases

92%

dos pacientes tem preocupação com vazamento

Frequência e rotina de troca adequada

A frequência de troca de equipamentos de 1 e 2 peças na Europa é muito maior do que no Brasil; inclusive na Argentina já é uma realidade o acesso a 30 bolsas coletoras mensais.

  • Troca de base adesiva a cada dois dias - Europa 50%; Brasil 11%
  • Troca da bolsa pelo menos uma vez por dia - Europa 70%; Brasil 8%
  • Troca da bolsa pelo menos uma vez por dia - Europa 41%; Brasil 5%

 

Mitos que influenciam a frequência de descarte da bolsa no Brasil

Sobre vazamento

81% dos usuários e 70% dos enfermeiros não consideram a primeira figura como vazamento. Sendo assim, quando usuário e enfermeiros realizam a troca do adesivo e encontram a situação como a primeira figura, não reconhem que isso também é um problema de vazamento e que a frequência de troca precisa ser ajustada.

Sobre a remoção da base adesiva

Alguns enfermeiros consideram que a remoção frequente do adesivo pode prejudicar a pele. Avanço das tecnologias permite mais trocas mantendo  pele íntegra e a qualidade de vida.

Sobre o reaproveitamento de bolsas

Alguns usuários acreditam que o correto é lavar as bolsas de estomia e não descarta-las diariamente. O descarte diário da bolsa de estomia evita com que o equipamento coletor seja danificado. A lavagem da bolsa é extremamente desconfortável para o paciente e pode danificar o filtro e não possibilita a higienização adequada levando a impreguinação do odor das fezes na bolsa. 

Esse problemas impactam negativamente a reabilitação e a qualidade de vida do paciente.

ARC - Rotina de Troca do equipamento coletor

A rotina adequada de troca de equipamento traz mais conforto e melhora o padrão cuidado. A rotina ARC consiste em seguir três passos simples para a prevenção do vazamento e complicações na pele: Aplicar, Remover, Conferir.

 

Aplicar

  • A base adesiva deve ser aplicada na pele limpa e seca. Em caso de dermatite úmida, um pó de hidrocoloide auxiliará no tratamento. Recomenda-se o uso de uma película protetora de pele para proteção e melhor cuidado.
  • Orifício no adesivo deve ser cortado de acordo com o tamanho e a forma do estoma.
  • Para obter uma melhor vedação entre o adesivo e o estoma, se necessário, utilize adjuvantes como o Anel Moldável.

 

Remover

A técnica correta de remoção permitirá que seus pacientes removam a base adesiva suavemente, minimizando o trauma mecânico.

  • Remova o adesivo suavemente.
  • Um removedor de adesivo também pode ajudar na remoção.
  • Aplique uma leve pressão na pele com dois dedos.

 

Conferir

Para prevenir complicações na pele, é importante que os pacientes verifiquem se há sinais de vazamento:

  • Resíduo de efluente na pele ou na base adesiva.
  • Vermelhidão, coceira ou dor.
  • Base adesiva saturada.
  • Se o seu paciente observar algum dos sinais, adequar a frequência de trocas, diminuindo o intervalo
Referências

1. Davis, J S et al. Factors impairing quality of life for people with an ostomy, vol 9 no 2 (Suppl) March 2011. 

2. Coloplast, Ostomy Life Study, 2016, Data-on-file (PM-05235). 

3. Coloplast, Ostomy Life Study, 2019, Data on file (PM-10499). 

4. Down G et al, Perception of leakage: Data from the ostomy life study 2019. Vol 30, No 22. 

5. Rolstad, B. S. & Erwin-Toth P. L. Peristomal Skin Complications: Prevention and Management. Ostomy Wound Manage. 2004;50(9):68-77. 

6. Claessens, I et al, The ostomy life study the everyday challenges faced by people living with a stoma in a snapshot, 2018, Vol 13 No 5. 

7. Voerggard, L et al, Ostomy bag management, Vol 16, No 2. 

8. Fellows, J et al, Multinational survey on living with an ostomy, 2021, vol 30, no 16. 

9. Coloplast, Ostomy Life Study, 2019, Data on file (PM-11947). 

10. Coloplast, Ostomy Life Study, 2014, Data on file (PM-15177). 

11. Burch, J Peristomal skin care and the use of accessories to promote skin health. BJN, 2011 (Stoma care supplement), Vol 20, No 7. 

12. Meisner, S and Balleby, L Peristomal skin complications. Semin Colon RectalSurg 19:146-50. 2008. 

13. Herlufsen, P et al. Study of peristomal skin disorders in patients with permanent stomas. BJN, 2006; vol. 15, No. 16;:854-862