Usar reposicionamento para cuidar de uma lesão por pressão

Reposicionaré uma técnica importante para evitar que lesões por pressão se formem. Você também pode usar o reposicionamento assim que uma lesão por pressão tiver se formado. O reposicionamento pode ajudar você a:

  • reduzir a duração do tempo em que a pressão é colocada no corpo e
  • reduzir a intensidade da pressão colocada em uma área vulnerável do corpo.1

Para saber mais sobre reposicionamento e como reposicionar seu paciente, clique aqui.

Como prevenir a dor provocada pela lesão por pressão com o reposicionamento

As lesões por pressão podem ser muito dolorosas. Então, ajudar a prevenir a dor que seu paciente está sentindo também é uma parte importante no cuidado das lesões por pressão. Reposicionar também pode ser uma técnica útil aqui.

Procure:

  • posicionar seu paciente em uma área fora da lesão por pressão
  • tente usar um dispositivo para a elevação, lençol de transferência ou deslizante para minimizar o atrito e/ou cisalhamento
  • coordene a administração de medicamento analgésico para o paciente com os cuidados à lesão para que possa administrá-lo na hora que for trocar o curativo ou reposicionar o paciente.1

Como usar superfícies de apoio para cuidar de uma lesão por pressão

Outrométodo de cuidar das lesões por pressão é utilizando uma superfície de apoio.

Uma superfície de apoio é um dispositivo especialmente confeccionado para redistribuir a pressão. Superfícies de apoio ajudam a distribuir a pressão em uma determinada área corpórea, a qual toca o dispositivo.2 Conforme o seu paciente permanece na superfície de apoio, seu peso é distribuído por uma área maior, reduzindo assim a pressão.3

Você deve considerar usar uma superfície de apoio nas seguintes situações.1

  • Se não puder reposicionar seu paciente fora de uma lesão por pressão existente.
  • Se seu paciente tiver uma lesão por pressão em duas ou mais superfícies corporais (por exemplo, sacro e o trocânter)
  • Se seu paciente tiver uma lesão por pressão crônica.
  • Se você identificar que seu paciente tem maior risco de desenvolver lesão por pressão.
  • Se seu paciente passou por cirurgia de enxerto ou de revascularização.
  • Quando a superfície de suporte atual não fornecer apoio adequado.

Lembre-se de que...

Superfícies de apoio devem ser uma parte do seu plano de cuidado de uma lesão por pressão. Elas não substituem o reposicionamento.1

Uso de curativos no tratamento de lesões por pressão

Curativosde ferida são uma parte importante do tratamento de lesões por pressão. Eles ajudam a dmanter o ambiente de cicatrização da ferida úmido,

o que é importante para que a lesão por pressão cicatrize. Um ambiente úmido para a cicatrização também ajuda a reduzir a dor na lesão por pressão.1

 

Como escolher o curativo adequado para a ferida.

Ao escolher o curativo adequado para a ferida do seu paciente, você deve considerar os seguintes fatores:1

  • Se o curativo mantém o leito da ferida úmido,
  • As características da ferida ’por pressão, especificamente:
    • quantidade e tipo de exsudato;
    • condição da pele circundante e perilesão;
    • condição do tecido no leito da ferida;
    • o diâmetro’, forma e profundidade da ferida e
    • a existência ou não de tunelização e descolamento.
  • A dor que seu paciente está sentindo. Por exemplo, se você escolher um curativo não aderente que não precisa’ ser trocando com frequência, você pode ajudar a minimizar a dor que seu paciente sente durante a troca do curativo.

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Encontre o curativo para o tipo de lesão por pressão

No quadro seguinte, você pode ver que tipos de curativo se adaptam melhor aos diferentes tipos de lesão por pressão.

Tipo de curativo

Tipo de lesão por pressão

Recomendações

Hidrocoloide

Lesão por pressão estágio 2, não infectada

Os hidrocoloides não precisam ser trocados com tanta frequência. No entanto, eles podem deixar resíduos no leito da ferida ou pele ao redor. Isso causa trauma e desconforto quando você remove o curativo.1

Alginato

Lesão por pressão nos estágios 3 ou 4 com exsudação moderada

O alginato ajuda a promover a cicatrização em meio úmido. No entanto, você não deve usá-lo em uma lesão com o leito seco.1

Espuma

Lesão por pressão estágio 2 ou superior com exsudação moderada a alta

Curativos de espuma absorvem o excesso de exsudato do leito da ferida. No entanto, você deve evitar o uso de uma única peça de espuma em feridas cavitárias.1

Super absorvente

Com muito exsudato

Você deve avaliar o curativo regularmente para assegurar que a capacidade de absorção do curativo não chegou a sua capacidade limite.1

Impregnado com prata

Infectada ou com alto risco de infecção

Um curativo com íons de prata reduz a carga bacteriana na lesão. Assim que a infecção estiver controlada, o seu uso deverá ser interrompido. Os curativos com prata também devem ser evitados em pacientes com sensibilidade ao composto.1

 

Encontre o curativo adequado para aliviar dor causada pela lesão por pressão

Lesões por pressão são dolorosas, e afetam a qualidade de vida do paciente.14 Você pode ajudar a reduzir a dor que a lesão por pressão causa escolhendo um curativo para feridas que:

  • não grude na ferida (ou seja, não seja aderente);
  • não precise de trocas frequentes; e
  • maneje adequadamente os níveis de exsudato da ferida.1

Você sabia?

Curativos em lesões por pressão contribuem de duas maneiras.

Eles auxiliam na cicatrização da lesão por pressão, ao:

  • absorver o exsudato,
  • reduzir a carga bacteriana,
  • promover o desbridamento autolítico,
  • proteger a ferida e a pele perilesão e
  • minimizar os efeitos do cisalhamento.

Eles ajudam a manejar a dor provocada pela lesão por pressão e melhoram o bem-estar do paciente ao:

  • minimizar a dor associada às trocas de curativo,
  • absorver e controlar o odor fétido e
  • reduzir a ocorrência de lesões na pele perilesão.1
Referências
  1. European Pressure Ulcer Advisory Panel. National Pressure Injury Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. (2019) Prevention and Treatment of Pressure Ulcers/Injuries: Clinical Practice Guideline. Emily Haesler (Ed.) EPUAP/NPIAP/PPPIA.
  2. Voegeli, D. (2012). Lesão de pele associada à umidade: aetiology, prevention and treatment. British Journal of Nursing, 21(9), 517-521.
  3. White, R. J. and Cutting, K. F. (2003). Interventions to avoid maceration of the skin and wound bed. British Journal of Nursing, 12(20), 1186-1201.